In:
Anos 90, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Vol. 18, No. 34 ( 2012-03-07)
Abstract:
Resumo: Os Kaingang representam, no Brasil, meridional o maior grupo indígenaem população. Sua territorialidade está alicerçada nos múltiplos processosque intervieram nos arranjos espaciais e dinamizaram as relações socioculturais,políticas e econômicas com outros povos indígenas e, sobretudo, com populaçõesnão indígenas. A redução da espacialização em território meridional alterou omodus vivendi e o habitus social, consequentemente interferiu na subsistência eautonomia dos Kaingang com o território e o ecossistema. Em 1902, um grupode Kaingang do sudoeste do Estado do Paraná (Brasil) conquistou uma gleba deterras de aproximadamente 50 mil hectares a partir de um decreto governamental,porém, ao longo do século XX, a Terra Indígena Xapecó, que atualmente pertence ao Estado de Santa Catarina, foi reduzida a pouco mais de 15 mil hectares. Oprocesso de expropriação da T.I. Xapecó, por não indígenas interessados nausurpação de terra e exploração dos recursos naturais, ocorreu em certa medidacom a chancela de funcionários do órgão indigenista do Serviço de Proteção aosÍndios e do governo catarinense. Assim, a luta pela terra ao longo do século XXentre atores sociais em condição política e socioeconômica desigual permitiumanter parte do território inicial (30%) onde vivem atualmente pouco mais decinco mil indígenas ameríndios.
Type of Medium:
Online Resource
ISSN:
1983-201X
,
0104-236X
DOI:
10.22456/1983-201X.24046
Language:
Unknown
Publisher:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Publication Date:
2012
detail.hit.zdb_id:
2502455-3
Permalink