In:
Methods in Ecology and Evolution, Wiley, Vol. 12, No. 3 ( 2021-03), p. 421-431
Abstract:
Índices acústicos são cada vez mais utilizados em análises de paisagens sonoras para entender padrões de biodiversidade. Entretanto, sua aplicação em biologia da conservação e em contextos de manejo do uso do solo têm sido atrasada devido a resultados conflitantes e a uma falta de consenso sobre as melhores práticas a serem empregadas. Aqui nós propomos que a sensibilidade de índices acústicos em capturar mudanças ecológicas, assim como a fidelidade com que índices acústicos capturam comunidades ecológicas, são severamente impactados por mascaramento do sinal. O mascaramento do sinal pode ocorrer quando respostas acústicas sensíveis aos efeitos que estão sendo monitorados são mascaradas por outros grupos menos sensíveis ou quando a vocalização do taxa alvo dos estudos é mascarado por barulho de outros taxa. Nós argumentamos que ao calcular índices acústicos em intervalos apropriados de tempo e frequência, efeitos mascaradores podem ser reduzidos e a eficácia dos índices acústicos aumentada. Nós testamos isso em um vasto grupo de dados acústicos coletados na Amazônia oriental, abrangendo um gradiente de distúrbios antrópicos, incluindo florestas primárias não perturbadas e aquelas afetadas por extração madeireira, incêndios florestais, extração madeireira e incêndios, assim como florestas secundárias. Nós calculamos os valores de dois índices acústicos, o Índice de Complexidade Acústica e o Índice Bioacústico. Para isso, empregamos todo o espectro de frequências (0–22.1kHz) e quatro subgrupos menores do espectro de frequências: o amanhecer, o dia, o anoitecer e a noite. Nós mostramos que o mascaramento do sinal tem um grande impacto na sensibilidade dos índices acústicos a distúrbios florestais. Calculando índices acústicos em um intervalo menor de tempo‐frequência aumentou substancialmente a acurácia da classificação das classes florestais por modelos do tipo Random Forest. Além disso, o mascaramento do sinal levou a correlações errôneas, incluindo correlações negativas espúrias entre métricas de biodiversidade e valores de índices acústicos, quando comparados com correlações geradas a partir de amostragem manual dos dados de áudio. Consequentemente, nós recomendamos que índices acústicos sejam calculados em intervalos de tempo e frequência menores, pré‐determinados por conhecimento ecológico a priori da paisagem sonora.
Type of Medium:
Online Resource
ISSN:
2041-210X
,
2041-210X
DOI:
10.1111/2041-210X.13521
Language:
English
Publisher:
Wiley
Publication Date:
2021
detail.hit.zdb_id:
2528492-7
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