In:
Jornal Brasileiro de Ginecologia, Zeppelini Editorial e Comunicacao, Vol. 129, No. 2 ( 2019), p. 31-31
Abstract:
Introdução: A gestação, o parto e o puerpério podem ter evolução desfavorável, levando a complicações graves e mortes materna e perinatal que, na maioria das vezes, podem ser evitadas. Após a publicação do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) pelo Ministério da Saúde (MS), 2002, observa-se a utilização crescente de parâmetros mínimos para adequada assistência pré-natal para gestantes de baixo risco. Objetivo: Avaliar a adequação da assistência pré-natal a pacientes que tiveram parto na maternidade do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense (HUAP/UFF) entre 01/07/2015 e 30/06/2016 e fizeram acompanhamento pré-natal no mesmo hospital, segundo práticas consideradas benéficas para os desfechos perinatais contidas nas recomendações no PHPN/MS. Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo, descritivo e observacional, que inclui as pacientes internadas para parto no HUAP/UFF no período de estudo e que fizeram pré-natal no mesmo hospital. Para adequação da assistência pré-natal, adotaram-se as recomendações do PHPN/MS: (a) início da assistência pré-natal até 16 semanas; (b) mínimo de seis consultas; (c) rotina de exames básicos de pré-natal na primeira consulta: tipagem sanguínea, hemoglobina e hematócrito, glicemia jejum, VDRL, anti-HIV e exame de urina (EAS), e no terceiro trimestre: VDRL, glicemia e EAS; (d) vacinação antitetânica (aplicação da dose imunizante — segunda dose — ou dose de reforço em mulheres já imunizadas). Resultados: Internaram-se 692 pacientes no período. Após exclusão de prontuários listados incorretamente (7) e repetidos por causa de reinternações (130), incluíram-se 555 prontuários para análise. Dessas pacientes, 438 (78,9%) internaram-se para parto e 187 (42,7%) fizeram pré-natal no HUAP/UFF. Quanto à adequação do pré-natal, 147/187 (78,6%) tiveram número total de consultas de pré-natal 〉 ou =6 (média de 8,3±3,5 consultas). De 40 (21,4%) que tiveram 〈 6 consultas, 25/40 (62,5%) foram encaminhadas ao HUAP/UFF no terceiro trimestre, sendo 24/25 (96%) encaminhadas por complicações obstétricas (pré-eclâmpsia, diabetes mellitus gestacional e malformação fetal). Houve início de pré-natal até 16 semanas em 79 (42,2%). Quanto à aplicação da dose imunizante da vacina antitetânica, 119 (63,6%) fizeram, 19 (10,2%) não fizeram e 48 (25,7%) não tinham registro em prontuário de dose feita ou não. Quanto à realização de exames laboratoriais básicos na primeira consulta e no terceiro trimestre, todas as gestantes fizeram os exames listados no PHPN/MS de acordo com a idade gestacional de início do pré-natal no HUAP/UFF. Conclusão: A maior parte das pacientes com 〈 6 consultas encontravam-se no terceiro trimestre, sendo encaminhadas por complicações obstétricas diagnosticadas nessa fase da gestação. O percentual de falta de registro no prontuário de dose imunizante da vacina antitetânica reflete inadequação de registros médicos em prontuário, prejudicando a assistência de pacientes, assim como a sua avaliação pela análise do prontuário.
Type of Medium:
Online Resource
ISSN:
0368-1416
DOI:
10.5327/JBG-0368-1416-20191292
DOI:
10.5327/JBG-0368-1416
DOI:
10.5327/JBG-0368-1416-2019129232
Language:
Portuguese
Publisher:
Zeppelini Editorial e Comunicacao
Publication Date:
2019
Permalink