In:
Anais da Academia Brasileira de Ciências, FapUNIFESP (SciELO), Vol. 87, No. 4 ( 2015-11-27), p. 2013-2029
Abstract:
RESUMO Condições naturais adversas, geralmente, induzirão gemulação nas esponjas de água doce. Devido a essa dependência ambiental, é atribuído excepcional valor às gemoscleras, em estudos taxonômicos, ecológicos e paleoambientais. Outras categorias de espículas, tais como as microscleras e beta megascleras, têm recebido pouca atenção com respeito à sua ocorrência e função durante o ciclo biológico da esponja. Metania spinata, uma espécie sul-americana comum em águas de turfeira no Bioma Cerrado, produz alfa e beta megascleras, microscleras e gemoscleras. Para detectar os fatores ambientais indutores da produção de todas essas categorias de espículas, foi estudado o ciclo sazonal anual da espécie. Substratos artificiais foram criados, supridos com gêmulas e colocados na Lagoa Verde, que continha uma população natural deM. spinata. Monitoramento em campo foi conduzido por oito meses visando observar o crescimento de esponjas e a formação de espículas. Amostras da água foram colhidas mensalmente, para determinação de parâmetros físicos e químicos. O aparecimento das megascleras alfa foi seguido sequencialmente pelo das microscleras, gemoscleras e beta megascleras. As primeiras constroem o novo esqueleto da esponja, as últimas três estavam envolvidas na manutenção da umidade interior no corpo da esponja ou de suas gêmulas. O nível da água, temperatura e a concentração de sílica (Si) na lagoa foram os fatores mais importantes, relacionados a essa produção sequencial de espículas, confirmando reconstruções paleoambientais baseadas na presença ou ausência de megascleras alfa e gemoscleras em sedimentos passados.
Type of Medium:
Online Resource
ISSN:
1678-2690
,
0001-3765
DOI:
10.1590/0001-3765201520140461
Language:
Unknown
Publisher:
FapUNIFESP (SciELO)
Publication Date:
2015
detail.hit.zdb_id:
2046885-4
SSG:
11
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