In:
Revista Interinstitucional Artes de Educar, Universidade de Estado do Rio de Janeiro, Vol. 8, No. 1 ( 2022-02-11), p. 184-207
Abstract:
Este artigo traz interlocuções de pesquisas sobre infâncias, feminismos plurais e estudos decoloniais no âmbito do Gepedisc Culturas Infantis. Na primeira parte, apresenta um percurso de pesquisa e criação abordando a temática da cultura da violência, em uma perspectiva de análise interseccional, considerando o nó (Saffioti, 2015) que ata capitalismo-patriarcado, enredando classe, sexismo e racismo. Problematiza a cultura patriarcal (hooks, 2013) com suas pedagogias da crueldade (Segato, 2014) e aponta uma metodologia de pesquisa antropofágica na hipótese dos sinais remanescentes da cultura matriarcal (Andrade, 1990), através de poéticas e políticas da resistência em busca de pedagogias descolonizadoras. Nos interstícios do artigo, as vozes da poesia indígena ecoam com a poética de Márcia Wayna Kambeba, da etnia Omágua Kambeba.Na segunda parte, apresenta os resultados de uma pesquisa de doutorado acerca das formas de resistência das mulheres-mães que vivem com seus filhos e filhas na cidade de Manaus, capital do estado que concentra a maior população indígena do país. A pesquisa revela os efeitos da colonização na educação das crianças pequenininhas de 0 a 3 anos de idade, com foco nas questões de gênero e etnia, evidenciando a relação entre o processo de colonização e a forma como a colonialidade opera, criando entre os povos colonizados mecanismos de hierarquização que reforçam e reproduzem as desigualdades sociais, afetando o cuidado e a educação das crianças pequenininhas em ambientes urbanos.
Type of Medium:
Online Resource
ISSN:
2359-6856
DOI:
10.12957/riae.2022.65323
Language:
Unknown
Publisher:
Universidade de Estado do Rio de Janeiro
Publication Date:
2022
detail.hit.zdb_id:
2906220-2
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