In:
Brazilian Journal of Development, South Florida Publishing LLC, Vol. 7, No. 12 ( 2021-12-29), p. 112598-112615
Abstract:
Introdução: a Doença de Chagas (DC) é uma antropozoonose causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Sua transmissão é pelo contato com as fezes do vetor e, mais atualmente, por alimentos contaminados com o protozoário. Sua forma crônica gera efeitos multissistêmicos, sendo a cardiomiopatia uma complicação relevante. Na fase aguda, o tratamento é pelo uso de antiparasitários. Na fase crônica com envolvimento cardíaco, incluem-se medicamentos específicos com medidas de suporte circulatório. Objetivo: realizar revisão de literatura sobre a Doença de Chagas e sua principal complicação: a cardiomiopatia chagásica. Método: trata-se de revisão de literatura sobre a doença de Chagas e a cardiomiopatia. Consulta de livros e artigos em diversas bases de dados, como SciELO, PubMed, LILACs, compreendendo principalmente artigos entre 2015 e 2021, com qualis entre A1 e B5. Desenvolvimento: considerada uma doença tropical negligenciada, a DC se evidencia na América Latina como uma endemia. Entretanto, nota-se considerável mudança na epidemiologia, com aumento de casos em países não-endêmicos. A principal via de infecção, atualmente, é a transmissão oral. A cardiomiopatia chagásica crônica (CCC) é uma complicação clínica de alta mortalidade. A patogênese da CCC ainda é discutida, mas a persistência do parasita parece ser o principal fator fisiopatológico. As principais drogas para o tratamento etiológico da DC são Nifurtimox e Benzonidazol. Com a evolução da doença, faz-se necessária uma estratégia terapêutica mais abrangente, como uso de anti- hipertensivos e antiarrítmicos. Na presença de distúrbios de condução e grave comprometimento funcional, dispositivos cardíacos implantáveis e até transplante cardíaco são alternativas. Conclusão: a DC é uma doença tropical, com maior prevalência em populações negligenciadas e desfavorecidas socioeconomicamente. Com as medidas de vigilância e cuidado, a epidemiologia mudou, com redução da transmissão vetorial e aumento da transmissão oral. O uso de antiparasitários tem eficácia na fase aguda, diferentemente da crônica. Logo, a prevenção é, ainda, a melhor estratégia de redução de morbimortalidade.
Type of Medium:
Online Resource
ISSN:
2525-8761
DOI:
10.34117/bjdv7n12-172
Language:
Unknown
Publisher:
South Florida Publishing LLC
Publication Date:
2021
detail.hit.zdb_id:
2873644-8
Permalink