In:
Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Vol. 18, No. 2 ( 2013-12-11)
Abstract:
Este artigo tem como objetivo principal discutir as representações do envelhecimento a partir da análise crítica do filme Amour, produção dirigida pelo cineasta austríaco Michael Haneke, que narra a história de um casal de idosos, Anne (Emmanuelle Riva) e Georges (Jean-Louis Trintignant), de forma sensível e profunda. Produzido em 2012, o filme tem despertado atenção de críticos e público em geral por sua forma contundente de representar o envelhecimento, o que justifica a seleção da obra para acionar debates. Adota-se como recurso metodológico à representação social a partir da descrição da experiência estética das imagens, a saber: o conteúdo da experiência e os efeitos da experiência estética, identificando a relação entre as imagens apresentadas e os temas sociais relacionados. Partindo de uma perspectiva crítica, destacamos temas relevantes a partir da apreciação fílmica, tais como: as relações entre o público e o privado, as debilidades do corpo envelhecido e a aproximação da morte, além de aspectos afetivos e relacionais que são acionados no filme. As contribuições trazidas ao longo do texto tensionam e contribuem para esgarçar o debate acadêmico por considerar as produções artísticas e culturais como artefatos legítimos para pensar a velhice. Acredita-se que Amour é uma produção que detém o poder de acionar debates para além dos postos neste texto e, portanto, serve como um instrumento que auxilia na identificação das representações acerca da velhice, refletindo acerca das possibilidades de reprodução da vida dos idosos no mundo moderno.
Type of Medium:
Online Resource
ISSN:
2316-2171
,
1517-2473
DOI:
10.22456/2316-2171.37348
Language:
Unknown
Publisher:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Publication Date:
2013
detail.hit.zdb_id:
2607972-0
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