In:
Bird Conservation International, Cambridge University Press (CUP), Vol. 21, No. 4 ( 2011-12), p. 438-453
Abstract:
As populações de aves limícolas migradoras enfrentam ameaças globais, maioritariamente relacionadas com a crescente perda de habitat e perturbação humana. Para garantir a sobrevivência a longo-termo destas populações é imprescindível a conservação de uma rede de áreas húmidas ao longo das suas rotas migratórias. O estuário do Tejo, em Portugal, é uma das mais importantes áreas húmidas para aves limícolas na rota Migratória do Atlântico Este. Desde 1975, foram efectuadas contagens anuais de aves limícolas no inverno nesta zona húmida e, em 2007, foi implementado um programa de monitorização mensal dos refúgios de preia-mar. As populações invernantes de três das cinco espécies de limícolas mais abundantes no estuário, o Pilrito-de-peito-preto Calidris alpina , a Tarambola-cinzenta Pluvialis squatarola e o Perna-vermelha Tringa totanus , mostraram tendências significativas de decréscimo nas últimas três décadas, potencialmente devido à degradação e perda de refúgios como resultado da crescente actividade antropogénica. Esta situação poderá deteriorar-se, uma vez que uma grande proporção das aves limícolas invernantes utiliza refúgios em áreas densamente urbanizadas sem qualquer estatuto legal de protecção. A utilização dos diferentes refúgios do estuário do Tejo por aves limícolas tem uma grande variação espacial e temporal, o que reforça a importância da existência de uma rede de refúgios de elevada qualidade nesta área húmida. Durante a migração, 60 a 80% das aves limícolas concentram-se num único refúgio, ficando assim particularmente vulneráveis neste período.
Type of Medium:
Online Resource
ISSN:
0959-2709
,
1474-0001
DOI:
10.1017/S0959270910000626
Language:
English
Publisher:
Cambridge University Press (CUP)
Publication Date:
2011
detail.hit.zdb_id:
2037673-X
SSG:
12
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