In:
Methods in Ecology and Evolution, Wiley, Vol. 12, No. 10 ( 2021-10), p. 2017-2027
Abstract:
A compilação de dados em grande escala tem aumentado expressivamente nas pesquisas sobre florestas tropicais. No entanto, a falta de métodos padronizados para a coleta de dados limita a capacidade de inferência em grandes conjuntos de dados, assim como as comparações entre biomas. A adoção de diferentes métodos de inclusão e de tamanho mínimo de inclusão de árvores são exemplos de métodos com grande variação na literatura. Para buscar resolver este problema, avaliamos como diferentes abordagens para amostragem de árvores afetam nossa compreensão da diversidade e funcionamento de diferentes tipos de vegetação tropical. Usamos um conjunto de dados único de 44 florestas tropicais (43,54 ha) abrangendo um gradiente de aridez: florestas ombrófilas, florestas semidecíduas e florestas decíduas. Os dados foram coletados utilizando‐se o método de inclusão por árvore, em que todos os fustes são medidos se o diâmetro equivalente da árvore atingir o tamanho mínimo. Simulamos o impacto da adoção de diferentes métodos de inclusão (por árvore e por fuste) e diferentes tamanhos mínimos de inclusão na estimativa do número de árvores e fustes, biomassa e riqueza de espécies. Usamos modelos lineares e não lineares mistos para investigar o efeito do tamanho mínimo de inclusão e do método de inclusão em nossas diferentes variáveis resposta. Também avaliamos a chance de as espécies serem amostradas sob diferentes tamanhos mínimos de inclusão. O método de inclusão e o tamanho mínimo de inclusão afetam principalmente a estimativa do número de árvores, fustes e a riqueza de espécies, especialmente em florestas decíduas e semideciduais, onde o perfilhamento é uma estratégia ecológica importante. Nessas florestas, muitas árvores que possuem vários fustes não atingem o tamanho mínimo individualmente ao adotar o método por fuste, mas atingem o tamanho mínimo quando todos os fustes são considerados juntos. Para esses ambientes sob estresse hídrico, nossa análise mostrou que o uso de grandes tamanhos mínimos, como os 10 cm normalmente usados em florestas tropicais ombrófilas, implica em grandes perdas de amostragem, especialmente quando usado em conjunto com o método de inclusão por fuste. O método de inclusão por árvore representa uma abordagem alternativa que oferece uma amostragem mais confiável em diferentes tipos de vegetação, particularmente naqueles onde perfilhamento é uma estratégia amplamente encontrada em todas as classes etárias. Nós demonstramos a inviabilidade de adotar tamanhos mínimos amplos e padronizados para diferentes tipos de vegetação tropical, particularmente considerando suas estratégias ecológicas amplamente diferentes.
Type of Medium:
Online Resource
ISSN:
2041-210X
,
2041-210X
DOI:
10.1111/2041-210X.13670
Language:
English
Publisher:
Wiley
Publication Date:
2021
detail.hit.zdb_id:
2528492-7
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