In:
Ciência e Agrotecnologia, FapUNIFESP (SciELO), Vol. 37, No. 4 ( 2013-08), p. 343-349
Abstract:
O marolo (Annona crassiflora Mart.) é uma fruta do cerrado brasileiro e fonte de compostos fitoquímicos com grande variedade de atividades biológicas, incluindo eliminação de radicais livres. Entretanto, em estudos anteriores, essa fruta nativa mostrou-se como potencializadora do processo mutagênico in vivo. Objetivou-se, neste estudo, investigar os efeitos da ingestão da polpa de marolo sobre a proliferação de células do cólon e no desenvolvimento de lesões pré-neoplásicas por meio de focos de criptas aberrantes (ACF) em ratos Wistar. Os animais foram alimentados com dieta comercial ou suplementada com polpa de marolo nas proporções de 1%, 10% ou 20% (m/m), durante 4 semanas, ou 20 semanas. Como agente indutor da carcinogênese de cólon foi utilizado o dicloridrato de 1,2-dimetilhidrazina (4 doses, 40 mg kg-1 cada). Após a eutanásia, as amostras de sangue, fígado e cólon foram coletadas para determinações bioquímicas, estresse oxidativo ou análise de desenvolvimento de Focos de Criptas Aberrantes (FCA), respectivamente. A análise imunohistoquímica da mucosa do cólon foi realizada, utilizando anticorpos contra o antígeno nuclear de proliferação celular (PCNA) e β-catenina em FCA. Não houve desenvolvimento de FCA no cólon nos grupos tratados exclusivamente com polpa de marolo. Além disso, a análise de estresse oxidativo e bioquímico, PCNA e de desenvolvimento (multiplicidade, número ou localização celular da β-catenina) permaneceram inalteradas como resultado da ingestão da polpa de marolo. Assim, os resultados sugerem que a ingestão do fruto não exerceu efeito protetor contra a carcinogênese induzida pela DMH e, principalmente, não apresentou efeitos mutagênicos ou carcinogênicos pelos métodos avaliados.
Type of Medium:
Online Resource
ISSN:
1413-7054
DOI:
10.1590/S1413-70542013000400008
Language:
Unknown
Publisher:
FapUNIFESP (SciELO)
Publication Date:
2013
detail.hit.zdb_id:
2021028-0
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