In:
Biotropica, Wiley, Vol. 46, No. 5 ( 2014-09), p. 529-537
Abstract:
Após um distúrbio, diferentes comunidades de plantas com origem sob as mesmas condições abióticas iniciam trajetórias sucessionais que podem ou não convergir em direção a um eventual estádio clímax. Na Amazônia Central, a regeneração da floresta segue trajetórias sucessionais alternativas em função do histórico de uso da área. Baseado em 12 anos de monitoramento de florestas secundárias com tempo de abandono inicial entre 2‐19 anos, comparamos a composição de espécies no decorrer dos anos entre duas trajetórias sucessionais: pastagens abandonadas dominadas inicialmente por Vismia , e áreas sem histórico de uso da terra e dominadas inicialmente por Cecropia . Trabalhos anteriores não avaliaram diretamente a composição de espécies na área de estudo. Ao longo dos anos, o índice de similaridade de Chao–Jaccard baseado na composição de espécies da área de estudo foi mais alto entre os transectos estabelecidos nas antigas pastagens dominadas por Vismia ; intermediário entre os transectos inicialmente dominados por Cecropia ; e mais baixo entre as duas trajetórias sucessionais. No decorrer do tempo, os transectos inicialmente dominados por Cecropia tornaram‐se menos similares entre si, de modo análogo aos transectos em antigas pastagens dominados por Vismia . Mudanças na similaridade entre os transectos refletiram o declínio na dominância de espécies em ambas as trajetórias sucessionais, embora a dominância por Cecropia decline mais rapidamente que a de Vismia .nas respectivas trajetórias. Um rico conjunto de espécies substituiu Cecropia nos transectos sem histórico de uso da terra, resultando no declínio da similaridade entre essas áreas. Por outro lado, um único gênero ( Bellucia ) substituiu os indivíduos de Vismia nas antigas pastagens, mantendo a similaridade entre esses transectos apesar da mudança na composição de espécies. Em geral, mesmo com a substituição de indivíduos e o declínio das espécies pioneiras dominantes, ambas as trajetórias sucessionais exibem diferenças contundentes na composição de espécies mesmo após duas décadas de sucessão, sugerindo que o efeito do histórico de uso dessas áreas sobre a sucessão persiste no tempo e vai além da composição florística inicial dessas áreas.
Type of Medium:
Online Resource
ISSN:
0006-3606
,
1744-7429
DOI:
10.1111/btp.2014.46.issue-5
Language:
English
Publisher:
Wiley
Publication Date:
2014
detail.hit.zdb_id:
2052061-X
SSG:
12
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