In:
Revista USP, Universidade de São Paulo. Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais, , No. 129 ( 2021-10-15), p. 15-28
Kurzfassung:
No Brasil, as mortes violentas intencionais interpessoais, ou homicídios, constituem um fenômeno social cotidiano, que fica dissolvido em outras tantas causas de mortes que enfrentamos atualmente. Desde os anos 80, assistimos a um crescimento das taxas de homicídios, atingindo o pico em 2017. Vivemos há 30 anos um estado de violência letal endêmica, que afeta especialmente a juventude negra e pobre, sem conseguir produzir uma compreensão do problema e reação política à altura. Ao contrário, a cultura da morte permanece ativada e especialmente reproduzida em determinados espaços da sociedade. Os efeitos da dinâmica “tráfico-polícia” são a grande causa das mortes dos jovens, e sua produção é acompanhada do diagnóstico genérico “combate ao tráfico de drogas”, cujo relato inclui as justificativas morais, políticas e jurídicas para a manutenção desse contínuo e perverso ciclo de violência letal.
Materialart:
Online-Ressource
ISSN:
2316-9036
,
0103-9989
DOI:
10.11606/issn.2316-9036.i129p15-28
Sprache:
Unbekannt
Verlag:
Universidade de São Paulo. Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais
Publikationsdatum:
2021
SSG:
7,36
Permalink