In:
Brazilian Journal of Health Review, South Florida Publishing LLC, Vol. 5, No. 5 ( 2022-10-11), p. 20519-20533
Abstract:
O homem é o único ser vivo possuidor da consciência da morte, a qual é uma construção social formada de experiências pessoais e tem relação direta com os aspectos culturais no qual o indivíduo está inserido. Por outro lado, os profissionais de saúde têm a sua formação voltada para o trato e preservação da vida, de modo que a morte, muitas vezes, pode ser percebida como um revés da profissão. Como consequência da morte inicia-se o processo de luto, evento considerado normal, mas que exige adaptação para superá-lo, cabendo ao profissional de saúde diferenciar os aspectos normais desse processo, dos seus aspectos patológicos, para assim prestar uma assistência adequada à família enlutada, superando a visão da morte e do morrer como uma ação negativa. Nesse contexto, o presente artigo justifica-se pela necessidade de desconstruir o tabu referente à morte e ao luto, de forma que sejam produzidas inquietações que fomentem a busca de manejos e estratégias de cuidado, pela equipe de enfermagem, que garantam uma qualidade assistencial para o paciente e família, bem como o acolhimento dos integrantes da equipe durante o processo de morte e morrer. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizada para analisar, identificar e sintetizar resultados de estudos sobre a temática, cuja coleta de dados seguiu a metodologia empregada nas seis etapas do método, sendo esta realizada por meio da consulta de artigos disponíveis online na Biblioteca Virtual de Saúde/BVS, com utilização dos Descritores em Ciências da Saúde-DeCS: Assistência de Enfermagem. Cuidados Paliativos. Luto, de forma intercalada através da associação por meio da utilização do And, sendo selecionado a base de Dados Bibliográficos Especializada na Área de Enfermagem do Brasil (BDENF), resultando em 11 artigos analisados. Observou-se que, no que tange a assistência de enfermagem no período de luto, existe uma lacuna referente à capacitação e/ou intervenções dos profissionais de enfermagem no pós-morte, visto que as referidas publicações não abordam estratégias de cuidados para que haja o acolhimento da família, bem como o acolhimento do próprio profissional de saúde, que precisa ser preparado para lidar com o processo da morte como algo que faz parte da vida e deve ser naturalizado, superando assim a perspectiva biologicistas da morte.
Type of Medium:
Online Resource
ISSN:
2595-6825
DOI:
10.34119/bjhrv5n5-219
Language:
Unknown
Publisher:
South Florida Publishing LLC
Publication Date:
2022
Permalink